segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

High School Musical: O Desafio



High School Musical: O Desafio





A versão brasileira do musical da Disney
High School Music chega aos cinemas e, 
embora traga algumas adaptações à nossa
 cultura como o futebol, samba e a artista 
Wanessa Carmargo, o miolo e o saldo final 
de “High School Musical: O Desafio” são
 os mesmos dos outros longas.
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Tudo começa com o inicio das aulas. Os alunos 
descobrem que irá acontecer um concurso musical
entre os alunos da escola, o que motiva o espírito 
competitivo entre os mesmos. No meio dessa disputa,
 vão entrar intrigas colegiais, brincadeiras, performance
 musicais, e muito romance. Traduzindo melhor: uma espécie 
de “Malhação” muito mais caricata ainda. Vale destacar ou 
não a presença da cantora brasileira Wanessa Camargo que 
por mais simpática que tente ser, não consegue interagir
 com naturalidade com a turma juvenil.
A direção do primeiro filme Disney inteiramente produzido
 no Brasil, e distribuído pela Disney e Total Filmes, ficou
 por conta de César Rodrigues “Uma Professora Maluquinha” 
que aqui faz uma  péssima estréia, em muito devido a própria 
franquia que não permite muito o que ser feito e, nas poucas 
oportunidades que lhes permitiam atitudes ousadas do diretor
 como nas cenas finais, o mesmo não o fez. Embora não tenha
 acrescentado a obra, o diretor também não foi de todo ruim, 
uma vez que ele poderia ter a deixado mais insuportável do que
 ela já é. Uma direção fraca e dependente.
Com o elenco selecionado através de um concurso televisivo, as
 atuações também não são tão ruins. A interação entre o elenco e
 a obra parece surtir efeito e os oito protagonistas entram no
 divertido mundo colegial, o que não foi muito difícil para eles. 
Outro fato que facilitou a identificação entre elenco e obra é que
 cada personagem recebe o nome de seu intérprete, e isso não 
só ajudou nas atuações como as deixaram mais verdadeiras.
Como já foi dito, a participação de Wanessa Camargo como
 a ex-aluna da escola é importante no roteiro, porém irrelevante
 quanto a sua atuação, ou melhor, interação com os alunos. Ela
 é instrutora pedagógica, conselheira sentimental, e faz até duetos
 com os alunos. Embora tenha tanta participação e esforço da atriz
 que já fez uma participação no cinema no também descartável 
Xuxa e os Duendes”, não consegue passar naturalidade e acaba
 retirando ainda mais a realidade da história, que já é quase nula.
A composição da obra é a mais conhecida possível. Um concurso
 musical para agitar os ânimos dos jovens estudantes, uma garota 
bem vaidosa e uma bem simples para facilitar a identificação do 
público com a mocinha, um jovem galã para animar as adolescentes
e fazer par romântico com a mocinha, e tudo isso envolto a uma
 trilha sonora repleta de músicas teens para, definitivamente, o
filme cair na boca da galera.
O que estraga a obra é justamente o que ela é, um filme 
cheio de clichês norte-americanos em que não se pode
 fugir muito de sua linha. Crianças e jovens podem até
 gostar da obra, mas isso não é unânime, já que o filme
 é tão caricato que até estes podem apontar tal fato. As 
crianças não são mais tão bobas como o filme acredita. 
A loira patricinha que só usa rosa não é mais a pior da
 história, se duvidar é a mais simpatizada. Faltou ousadia em tudo.
No fim das contas, o que se esperava acabou concretizando-se:
 o filme é quase totalmente descartável. Salvo a trilha sonora e
 algumas atuações, o resto pode ir junto com o saco de pipoca
 para o lixo. Uma pena a Disney ter fracassado logo em sua estréia.

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